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sexta-feira, 29 de maio de 2009

Blogando sobre Euripedes l

BREVE BIOGRAFIA DE EURÍPEDES

Eurípedes nasceu na Salamina, perto de Atenas, em uma aldeia denominada Fila, 480 a.c. e morreu na Macedônia, 406 a.c. Na verdade, o que se sabe é que ele desapareceu e muitas lendas surgiram acerca de seu desaparecimento: alguns estudiosos afirmam que o mesmo foi morto por cães raivosos e outros dizem que foi assassinado por mulheres da velha estirpe tradicional. Era de origem modesta, mas teve uma educação aprimorada, envolvendo, como a maioria dos gregos, o esporte. Em sua juventude, teve contato com os sofistas, escola filosófica que prega o racionalismo e o humanismo. Escreveu cerca de 92 peças de teatro, sendo que somente 18 chegaram até os nossos dias. Ao longo de sua vida, Eurípedes foi tratado como um marginal e frequentemente era satirizado nas peças de Aristófanes. Foi um autor incompreendido e pouco premiado, mas atualmente é bem mais popular que Ésquilo e Sófocles. De todos os tragediógrafos, Eurípedes foi o mais inovador, também o mais cético, tornando-se, ao final de sua vida, um iconoclasta e, talvez desiludido com a natureza humana, viveu recluso e morreu em 406 a.c., dois anos antes de Sófocles. O enredo de suas obras foi aproveitado por dramaturgos modernos como Racine e Goethe.

CONTEXTUALIZAÇÃO DA CONJUNTURA HISTÓRICA NA QUAL DESENVOLVEU SEU TRABALHO

Eurípedes surpreendeu a sociedade de sua época porque demonstrou, através de sua obra, a fragilidade de sua fé. Não eram comuns nas outras obras desse período, o espírito crítico e o ceticismo presentes na obra do dramaturgo.
A mulher, na sociedade grega, não era considera cidadã, mulheres e crianças eram membros da família, mas só indiretamente eram membros da cidade, por ser esta a sua pátria. A sua única possibilidade de participação social eram os esportes. Fora isso o que restava era o casamento, o qual era apenas um negócio, uma aquisição, através da qual se transferia a tutela do sogro para o genro e, através dessa compra, se obteria os descendentes e os filhos varões eram os realmente esperados. A jovem se dirigia para o matrimônio sem saber direito o que iria encontrar. Se tivesse sorte de casar com um marido afável, teria uma vida sem maiores problemas, caso contrário, estaria a mercê de alguém que tinha sobre ela o direito de vida e de morte.

CORRENTE ESTÉTICA NA QUAL SE DESENVOLVEU A OBRA DE EURÍPEDES

A partir do século VI a.C. na Grécia, por ocasião do nascimento do teatro através dos rituais da elite, surgem as tragédias. No século V a.C., é o contexto no qual acontecem as obras de Eurípedes. Nesse momento também acontecem simultaneamente as obras de Sófocles e Ésquilo. Para Eurípedes as principais inovações de suas tragédias são os prólogos explicativos e o Deus ex-machina que surgia para solucionar uma questão de conflito. O coro para ele também só apresentava uma função ocasional e indireta, ao contrário da encenação e da indumentária que ganhava espaço em sua tragédia, mas o público nem sempre esteve de acordo com as inovações técnicas de Eurípedes, que também aparecem na versificação insólita, no abandono das estrofes e nos acompanhamentos musicais inusitados.

PRINCIPAIS OBRAS DE EURÍPEDES

Alceste (438 a.C.), Medeia (431 a.C.), Hipólito (428 a.C.), Hécuba, Os Heráclidas, Andrômaca, Héracles, As suplicantes, Íon, As Troianas (415 a.C.), Eletra, Ifigênia em Táurida, Helena (412 a.C.), As Fenícias, Orestes (408 a.C.), As Bacantes, Ifigênia e Áulis, Ciclope (com data desconhecida).

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