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terça-feira, 21 de dezembro de 2010

BLOGANDO SOBRE O SUBMUNDO

A HISTÓRIA DE UMA PUTA




Na disciplina de Interpretação Teatral I do curso de Teatro-Licenciatura, da UFPEL, ministrada pelo professor Daniel Furtado, coube a mim e ao Lumilan levar ao palco um pequeno fragmento de Navalha na Carne, do autor Plínio Marcos. Eu nunca havia feito papel de prostituta e o Lumilan não sabia o que era exatamente um gigolô. Então expliquei pra ele a diferença entre um gigolô e uma cafetina. Para tanto recorri ao livro Dona Anja de Josué Guimarães( que não adiantou quase nada). Antes de exercitar a personagem na Calçada da Obino da cidade de Pelotas procurei dialogar com uma profissional do ramo que é cunhada da senhora que fazia faxina no meu apartamento. A senhora que fazia faxina no meu apartamento ( que é crente) é casada com um enfermeiro (viciado em crak, ele é conhecido nas bocas de fumo como Zé Pedreiro Enfermeiro). Essa senhora tem um filho da primeira união que foi meu aluno no ano 2000, ele é homossexual, soropositivo com doença em estado adiantado. XXX mora com eles, é uma mulher perturbada pelo passado, seus fantasmas a perseguem diariamente, tem 55 anos, desde os 50 não exerce a profissão. É depressiva, ansiosa, caminha de um lado para o outro, quase não consigo fazer as perguntas. Tenho de ganhar confiança.

Sua história começa em um estilo meio Nélson Rodrigues. Engravidou jovem, logo após este fato o cunhado de XXX desenvolve uma fixação por ela. Um dia chega em seu serviço e diz que veio buscá-la, pois a filhinha estava doente. Ela entra no carro e é levada para um lugar ermo, o cemitério da Boa Vista. Lá é surrada pelo cunhado e obrigada a submeter-se todas as taras do marido de sua irmã. Depois ele informa XXX que contará para a irmã e a mãe como ela “se oferecia para ele”. A mãe e a irmã a colocam para a rua e ela vai parar em um puteiro.

A primeira filha que XXX tem está muito bem encaminhada na vida, casou com um homem trabalhador e é uma “mulher direita”, sente vergonha da mãe e nunca vai visitá-la. A outra é prostituta, amancebada com um traficante ( e orgulha-se disso), viciada em crack, portadora de hiv e , após contrair o vírus, devido a vida desregrada que levava, teve seu último bebê retirado e adotado por outra família. Quem sustenta XXX e os dois netinhos é a filha mais nova, recém saída da adolescência. A menina trabalha em uma farmácia econômica, quer estudar, é linda, saudável, cheia de sonhos. Tem um “velho” que a ajuda. Todo final de mês traz um farto sortimento para a família, preocupa-se com a mãe e os dois sobrinhos “Seboso” e “Orelhudo”



Expliquei para XXX o meu objetivo: compor um personagem e perguntei a se achava que eu conseguiria. Ela disse que não, que eu não servia pra coisa, nesse ramo não se pode ser muito delicadinha e cheia de sentimentos. Até gostei do delicadinha... normalmente me enxergam como rude e tosca. Achei contraditório, pois já havia sido informada que ela sofria de depressão e tinha pânico de banho.

YYY, cafetona do extinto Puteiro da Três de Maio, falecida a pouco, havia ensinado para ela que a puta tinha que “barbarizar” com o cliente, mulher boa e descente eles tinham em casa e vinham ali atrás de outra coisa, muito diferente do que tinham em seus respectivos lares e que elas não eram boas nem descentes, não estavam ali para se apaixonar.

Contou-me coisas bizarras que, ao longo de meus 44 anos, estavam para mim no plano da Literatura, afinal, meus relacionamentos sempre foram com homens românticos, delicados... ou mentirosos... vai saber... a maioria teve a delicadeza de morrer antes de me decepcionar. Não vomitei porque não sou muito enjoada, mas confesso que algumas práticas escatológicas até então não eram alvo de minhas fantasias, talvez eu até mude, mas não por agora. Um dos clientes pedia que as moças tomassem purgante para “cagar” na boca dele, o outro só gozava se a moça “mijasse” em um copo. O mais engraçado dos clientes tive a oportunidade de conhecer. Ele mora, atualmente, na frente da casa de XXX. A tara dele era ir para o quarto com três ou quatro moças e UM ESPANADOR DE PÓ. Elas tinham de enfiar o cabo do espanador no ânus dele e ele recitava: “glu glu... eu sou o teu peru” e quem risse apanhava. A primeira vez XXX riu e disse que levou “ uma mão de pau”, uma surra, mas que não se arrepende, pois era uma cena muito engraçada. Outra figura peculiar era conhecido No PUTEIRO DA YYY como “Seu Quequinha, “ prefeito de uma cidade vizinha, por isso não devo citar o nome. Ele só trepava com moças de 18 anos, mas somente depois de elas haverem transado com três homens e tinham de chegar nele sem banho, para que as chupasse com os restos de porra dos outros machos ( por isso era conhecido como seu Quequinha... chupador de Queca).

XXX conta que “quanto mais rico, mais porco.” Diz que o puteiro era frequentado até por médicos e que “ tinham em casa lindas mulheres. Pobre quer apenas trepar mesmo, agora rico fica inventando moda”. A maioria não gosta de usar camisinha, não gostam de comer cu com vaselina, alguns querem que a mulher sinta ou simule dor.

Perguntei para XXX se ela já tinha amado um cliente. Ela disse que sim e que era igual ao Vado, personagem que seria o meu cafetão no trabalho proposto pelo professor Furtado. Contou que ele batia e tomava o dinheiro dela, mas que existe uma coisa chamada amor ( disse isso ironizando). O “Frida” era o seu cafetão, marginal, traficante, foi assassinado e XXX desde então não mais se envolveu emocionalmente com seus clientes.

Perguntei qual o segredo para se ter, aos 55 anos, homens que ainda a param na rua, no supermercado, na farmácia, querendo algo com ela ( e isso eu vi... ninguém me contou) . Respondeu que “eles gostam do cheiro de rabo”, que “mulher tem de deixar cheiro pra chamar”, que “não se pode ter nojo nem sentimento de apego”.

XXX mostrou-se alegre pela primeira vez quando aventei a possibilidade de ela assistir o nosso trabalho, era uma felicidade triste e singela, uma felicidade entre dentes mal cuidados, podres, amarelados, de gente que ri do próprio fadário e seguimos a prosa falando de outras coisas. Ela não foi na apresentação, estava em pânico, com medo de tomar banho. Mandou a cunhada ( que é crente) e a filha ( que sustenta a família). Apresentei-as para o professor Furtado. Elas se sentiram felizes com a minha atitude. Perguntaram se eu não me envergonhava de andar com elas. Disse que não, que respeitava muito a profissão de uma puta, disse que uma puta é uma profissional que é capaz de realizar muitas coisas: fantasias, alegrias e que muitas vezes elas até “salvavam” alguns casamentos e que eu tinha tido muita sorte em ter aprendido com elas. Alguns dias depois fui visitar XXX e levei um presente como forma de agradecimento. Ela prometeu que iria na próxima apresentação, pra ver se eu “tinha jeito pra ser puta”.

O professor Daniel fez uma avaliação justa. Coloquei ações muito interessantes na cena, mas em momentos inadequados, era muita informação para pouco tempo, mesmo assim foi um princípio que pode ser explorado com mais acuidade. Se bem que... eu achei fraco diante da gama de informações que colhi para fazer o trabalho de interpretaçãoII. A pesquisa foi bem mais forte para mim.

Nós aqui em Pelotas trabalhávamos instintivamente, intuitivamente, mas podemos melhorar com o embasamento que estamos recebendo, porém não dá para se contentar só com o que temos no curso, é preciso buscar mais.

Pretendo continuar explorando e investigando o submundo. Não chegamos a precisar dos elementos aprendidos no “um e noventa e nove”. Esse é o mais triste e sórdido tipo de prostituição, é nojento, revoltante. As putas ficam em uma posição de “ exame ginecológico”, mas com o corpo coberto da região do umbigo até a cabeça, o rosto não aparece, fica só a genitália aparecendo e do lado de fora do barraco se forma uma fila ( eles entram, metem e saem, usam camisinha se querem e se não querem não usam, pagam uma “merreca”, os trocados, acredito que devam usados para comprar droga).

Confesso que, para o rumo que pretendo dar para a minha vida ainda preciso aprender muito mais. Não adianta usar o submundo como trampolim para angariar uma boa nota. É preciso metas mais claras e objetivas. Não posso me contentar com o conhecer.

Hoje é domingo, Está chovendo e eu sinto uma puta , uma puta tristeza dentro de mim, uma tristeza de viver em um mundo onde as metáforas do limpo e do sujo se confundem e me sinto como a égua velha do livro A Revolução dos Bichos. Não ando enxergando bem... não consigo mais distinguir quem é o homem e quem é o porco. OS PORCOS SÃO PROTEGIDOS E ESTÃO TOMANDO O PODER.

domingo, 12 de dezembro de 2010

A CANTORA CARECA: A GRANDE METÁFORA DA CONDIÇÃO MISERÁVEL DO SER HUMANO
Não é absurdo uma cantora careca, Cantoras não precisam de tranças... precisam de voz... o absurdo é a voz que permite a purgação dos absurdos.




Se levarmos em consideração que uma das características do Teatro do Absurdo, estética que se constitui de elementos de um período diferenciado, permeado de situações no pós-guerra, onde há uma total falta de perspectivas, respostas e expectativas, onde o ser humano se percebe e toma consciência de sua condição humana de ser misérrimo, é compreensível a criação de uma arte onde o acontecimento de situações inusitadas, ilógicas, como acontece já nas primeiras páginas da obra A CANTORA CARECA de Èugene Ionesco, adquira um espaço.

Na primeira cena há uma conversa absurda entre o senhor e a senhora Smith. De todos os absurdos o que chama atenção é o fato de eles dizerem que comem bem devido ao sobrenome que têm. Ora, se pararmos para refletir, talvez não seja tão absurdo assim, pois, muitas vezes o sobrenome carrega o status financeiro do indivíduo.

Nesta realidade distorcida, as situações são apresentadas de forma inusitada, ilógica e irreal, mas, se forem analisadas de forma mais meticulosa e aprofundada pode-se perceber que possibilitam diversas e instigantes leituras que sugerem indagações que são latentes e pontuais no cotidiano das pessoas.

Nesta cena é representada a vivência de um casal fútil, que fala de coisas fúteis, possuem uma vida fútil, preocupações fúteis e, por que não dizer, relacionamentos fúteis.

Quando Ionesco aborda a família Bobby Watson, talvez queira chamar a atenção para a “mesmice” da instituição familiar, com seu modelo padronizado que parece estar invalidado para o determinado contexto no qual está inserido.

Dentro da linguagem do absurdo a personalidade dos filhos apresenta-se de forma repetitiva e de como eles são observados pelos pais, as parecenças, conforme seus vícios e virtudes.

A questão do relógio pode revelar uma desordem no tempo. Às vezes mais rápido, outras vezes mais demorado. Por um momento pesado, assustador. Afinal, o que é o tempo, senão a sensação de infinitude ou ligeireza dos acontecimentos e a correlação desta brevidade ou demora com o prazer ou desprazer do jogo existencial?

Na segunda cena podemos ter uma leitura de que a personagem Mary tem uma libido bastante “movimentada”, vai ao cinema com um homem e vê um filme com mulheres. Provavelmente a aguardente serviu para regar a companhia masculina e o leite a feminina, levando-se em consideração que estes símbolos, da maneira que são projetados, podem sugerir tal interpretação. Posteriormente, o fato de Mary comprar um penico também pode ser lido, interpretado como o que ela sente em relação aos patrões e, talvez, o que gostaria de dizer a eles, já que ela pode simbolizar uma classe oprimida.

A quarta cena talvez reflita acerca da grande metáfora da hipocrisia de casais que vivem juntos, mas que não se conhecem, ou que deixaram de se conhecer, ou que não mais se reconhecem. É como se fossem estranhos: tratam-se por “meu senhor”, “minha Senhora”. Elizabeth e Donald, com o passar do tempo, podem ter se distanciado e, de repente, o tempo passa ( a batida forte do relógio, citada na página 50 não serve somente para que os espectadores se sobressaltem, mas para que o casal “acorde” e tente resgatar o tempo perdido).

O discurso de Mary na quinta cena oferece a possibilidade para que tenha uma leitura sobre a postura dos pais depois da chegada dos filhos, ou seja, quando a família vai agregando novos membros ( os filhos ), os pais já não são mais os mesmos, a relação não é mais a mesma, o olhar em relação aos novos membros não é o mesmo. Cada um observa os filhos sob o próprio prisma. É inútil pensar que com a chegada de novos membros as coisas continuarão como estão. Donald não enxergará mais Elizabeth do mesmo jeito e Elizabeth não enxergará mais Donald da mesma forma. Eles se modificam e adquirem novas características, mas talvez não tenham feito alguns ajustes para que a situação homem e mulher, macho e fêmea não se tenha abalado. Como não sabem administrar tal situação acabam se distanciando.

Mary se autodenomina Sherlokholmes. Ao mesmo tempo que representa uma classe oprimida, é também uma espécie de consciência, de alguém ou alguma coisa que tende a fazer Elizabeth e Donald se olharem e descobrirem que não sabem quem são.

O relógio é uma constante nas cenas, ou seja, não importa o tempo que passou, o que aconteceu, o que não aconteceu, o que poderia ter acontecido e o que poderia não ter acontecido, eles sempre podem recomeçar, tudo parece cíclico, circular.

Ionesco, através da cena sete, ironiza as regras de etiqueta, a elegância, os bons modos e todas as manifestações de apreço que são rendidos a quem talvez não esteja nem interessado na alheia existência. O senhor e a senhora Smith entram com a mesma roupa e alegam para os Martim que os esperavam com ansiedade, pois até colocaram roupas de gala.

Ainda na mesma cena, versa sobre os conceitos que são abrangentes e flexíveis e que nem tudo o que parece é, ou seja, “nem sempre quando toca a campainha significa que há alguém para entrar na nossa casa” e que às vezes há alguém querendo entrar na nossa casa, na nossa vida e que, apesar da campainha, não ouvimos estas pessoas.

Observa-se também que a vida é cheia de surpresas: “ a experiência nos ensina que quando a gente ouve a campainha tocar é porque não tem ninguém”. Há que se tomar cuidado com a campainha de nossa casa, porque ela pode tocar e ser nada mais, nada menos do que NINGUÉM e podemos correr o risco de permitir que NINGUÉM entre no nosso lar, farte-se da nossa comida, do nosso vinho, da nossa alma, banhe-se da nossa água, cubra-se com nosso manto e acabe se revelando como NINGUÉM.

O Teatro do Absurdo é uma possibilidade de dizer as verdades de forma distorcida chamando a atenção para o que realmente está deformado. É preciso que crie bolinhas no nosso blusão mais bonito para que a gente perceba que a linha não era de boa qualidade. Ionesco era bom nisso...



“É quase impossível suprimir em uma lauda o tanto de não- absurdo que o absurdo pode comportar e a cantora careca todos os dias vai mudando o seu penteado toda feliz e faceira porque carecas cabeludos jamais pegam piolhos.”

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

BLOGANDO SOBRE O FERIADÃO NA CASA DA FAMÍLIA TRAPO

ARMADILHAS DA LINGUAGEM

Feriadäo…sem paciência para ler, resolvi fazer algo mais engraçado: visitar minha família, um dos poucos lugares onde se vê graça nas pequenas coisas. Meu sobrinho, Alison, ao contrário de mim, é extremamente educado, gentil e generoso. Sempre chega com um beijo e não me chama de tia. Desde pequeno foi sabedor de que em mim teria, antes da tia, uma grande e fiel amiga. Somos confidentes, parceiros de bicicletadas, churrascadas, fugas de moto (pois foi com ele que aprendi a andar em cavalo de motor), comilanças de madrugada, pequenos furtos (guloseimas para os netos mais novos não é bem um furto: é zelo pela saúde da geração vindoura) e muitos segredos.
Mas o Alison tem um defeito: o calcanhar de Aquiles dele é a linguagem. Nunca encontrei alguém que tivesse o dom de ser traído pela própria língua. Quando pequeno, lá pelos quatro anos de idade, se ele fazia alguma estrepolia, eu que só reservo a pedagogia aos alunos, saía correndo atrás dele dizendo que ia arrancar seu o “peruzinho”. O garoto fugia em uma corrida desabalada e eu fingia que não conseguia alcançá-lo. Natal. A mãe disse: hoje eu vou assar e rechear o peru mais cedo, para ter tempo de assistir a missa e pegou o Alison no colo e ele berrava: o meu não vovó, pega o do vovô que é maior.
Pensei que o moleque, depois de adulto, já tivesse aprendido a interpretar e articular frases com clareza, mas vejo que me enganei. Depois de comermos muito, que é algo que se faz bastante quando visitamos a matriarca, resolvemos apreciar um filme. Nem bem havia começado, faltou luz. A mãe estava no banheiro e ele, com todo o seu peculiar cavalheirismo, correu para o banheiro...VÓ, TE LIMPA COM A LANTERNA...

(Histórias bobas... sim, mas são as minhas histórias...)

sábado, 9 de outubro de 2010

BLOGANDO SOBRE NÃO SABER O QUE DIZER

QUE QUE EU FAÇO, SORA?


Nem sempre sabemos qual é o melhor conselho para socorrer um resto de honestidade e caráter solto no mundo escasso de valores.

-Quero falar com a senhora...

-Sim?

- Achei cem reais na esquina.

-Não fala pra mais ninguém. Passeia pela escola, pelo bairro e escuta. Se alguém comentar, pergunta qual o valor, se for o mesmo devolve, se não for leva pra casa e espera uma semana. Se nesse espaço de tempo ninguém falar nada, pega pra ti, mas conta para tua mãe.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

BLOGANDO SOBRE O QUÊ E QUEM REALMENTE IMPORTA...














Esse sou eu mandando um rap legal.




EU E INDIANA ( DISSERAM QUE É MINHA SOBRINHA) E EU GOSTO MESMO DA MENINA. ELA É CARINHOSA E ATENCIOSA. É TANTO CARINHO QUE HOJE EU NÃO FAÇO QUESTÃO DE DNA. ELES QUE DECIDAM. O MEU CORAÇÃO JÁ FEZ UMA ESCOLHA. EU  PREFIRO ME ENGANAR POR AMOR DO QUE ME ENGANAR POR OMISSÃO.











EU E ALISON, MEU SOBRINHO, NO SHOW DA BANDA LIBERTÉ, ONDE MURILO, MEU OUTRO SOBRINHO, É BAIXISTA

 

hidratação para pedalar com minha TIA




Deixei ela pra trás, mas na nossa família o que importa não é a velocidade



 é conseguir fazer o trajeto e chegarmos juntos.





Quem não ama a Dagma ???



Eu sou sobrinho dela e resolvi contar todo passado dela:






Ela não gosta de ser chamada de tia, não bebe, não fuma, não tem vícios, gosta de crianças, adora os alunos dela, me torcia o dedo e pedia pra mim pedir penico euaeah, quando eu era pequeno me assoprava na minha barriga pra mim morrer rindo e me mijar, ah, ela nao gosta de homens carecas, ja me levou pra escolinha e eu fiquei berrando, e ela respondeu que quando eu casasse ia sarar, contava historinhas para crianças na rádio são lourenço, já escreveu dois livros de poesia... e um terceiro que ela só pode publicar depois que minha vó morrer, porque senão ela vai ser responsável pela morte da velha aehuioheaoiueahuioe



a Dagma gosta de andar a cavalo... (mas o cavalo tem que se forte), gosta de dança do ventre, andar de bicicleta, teatro, poesia, literatura e entre outros...


resumindo: minha TIA é um barato hehehe

BLOGANDO SOBRE A ÉTICA... OU FALTA DELA

DO CADERNO DE TRISTEZAS DA PIOR ALUNA DA TURMA


AFINAL, O QUE É A TAL DA ÉTICA? NO VELHO DICIONÁRIO QUE HERDEI DE MEU PAI, EM PÁGINAS AMARELADAS DIZIA QUE ERA RELATIVO À MORAL. E O QUE PODERIA SER A TAL MORAL? RELATIVO AOS BONS COSTUMES OU POSSO DIZER QUE BONS COSTUMES DEPENDEM DO PONTO DE VISTA? NÃO COMPARTILHAR É SER EGOÍSTA, TENTAR NÃO SER EGOÍSTA, TENTAR SER AMIGÁVEL, TENTAR CONQUISTAR ATRAVÉS DE GENTILEZAS É IMORAL? NÃO É ÉTICO? MEU DEUS, SERÁ QUE HITLER TAMBÉM PASSAVA O CADERNO PARA OS COLEGAS? SIM PORQUE HITLER ESCREVIA, PINTAVA... SERÁ QUE HITLER AGUAVA AS PLANTAS, CAPINAVA, LEVAVA O CUSCO PARA PASSEAR? SERÁ QUE FOI DESSA MANEIRA QUE ELE ARRANJOU TANTOS ALIADOS?

SORA, POSSO LER A REDAÇÃO DO ZINHO? PODE SIM, MEU FILHO, LÊ TAMBÉM A DA ANINHA, DA NENECA E DO OTACÍLIO, DEPOIS TU UTILIZA COM AS TUAS PRÓPRIAS PALAVRAS, AS IDEIAS QUE ACHASTE INTERESSANTES. ESCREVE SOBRE AQUILO QUE CONCORDASTE E TAMBÉM SOBRE O QUE DISCORDASTE. E ISSO NÃO É COLA, SORA? CLARO QUE NÃO, ISSO É PROCURAR REFERÊNCIAS SOBRE UM ASSUNTO QUE AINDA NÃO DOMINAS, MAS DEVES CONSTRUIR O TEU TEXTO E BUSCAR OUTROS ESCRITOS, NÃO SÓ OS DOS COLEGAS. SORA, O OTACÍLIO É EGOISTA, NÃO QUIS DAR A REDAÇÃO PRA EU LER E A BABACA, TAPADA DA NENA DA OUTRA TURMA DEU A REDAÇÃO DELA PRA TODO MUNDO E ELA COPIOU UM PEDACINHO DO JORNAL E NÃO COLOCOU ENTRE ASPAS E A SORA TIROU NOTA DELA E DEIXOU ELA DE CASTIGO NA HORA DO RECREIO, ELA FOI CHAMADA NA SALA DA DIREÇÃO E TEVE DE ASSINAR O LIVRO DE OCORRÊNCIAS, CHAMARAM ATÉ A MÃE DELA. BEM FEITO, EU NÃO GOSTAVA DELA MESMO... “CUÊ PUCHA... É BICHO MAU O HOMEM - DO CONTO “O BOI VELHO” DE SIMÕES LOPES.”

ESPELHO MÁGICO ESPELHO MEU, SERÁ QUE O HITLER É PIOR DO QUE EU?

O QUE DIRIA MEU PAI, O SENHOR H? FILHA, COLOQUE O SEU VESTIDO VERMELHO , AQUELE COM O DECOTE AVANTAJADO, AMASSE O CABELO, DEIXE BEM CRESPO, COLOQUE AQUELE PERFUME QUE PARECE TER SIDO FEITO PRA TI, NÃO ESQUEÇA O SEU BATOM, FILHA, TEUS LÁBIOS VERMELHOS SÃO UM CONVITE PARA O PECADO, FAÇA USO ... CRUZE AS SUAS PERNAS , QUE NÃO ENTENDO ATÉ HOJE PORQUE VOCÊ INSISTE EM ESCONDER E SEJA BURRA,

SEJA BURRA TODO O TEMPO

SEJA BURRA E SORRIA,

SEJA BURRA, MINHA FILHA, MINHA FILHA, JÁ DISSERAM QUE SEUS PEITOS SÃO LINDOS? SERÁ QUE ESTA TERAPIA ESTÁ SURTINDO EFEITO?

SEJA BURRA,

SEJA BURRA,

SEJA BURRA. GURIA, EU JÁ NÃO DISSE QUE TODO MUNDO É LIVRE. A ÚNICA COISA QUE NÃO PODEMOS É DEFENDER O NOSSO PONTO DE VISTA.

SEJA BURRA,

SEJA BURRA, AH, E EVITE TER SENTIMENTOS, TER SENTIMENTOS NÃO FICA BEM NA SUA IDADE EVITE SOFRER, APROVEITE E EVITE ENVELHECER, TAMBÉM E FIQUE LONGE DOS TRILHOS DO TREM...

SEJA BURRA,

SEJA BURRA,

SEJA BURRA, SEJA BURRA , SEJA BUNDA, SEJA BUNDA, SEJA BUNDA, SEJA BUNDA, SEJA BUNDA, SEJA BUNDA, SEJA BUNDA, SEJA BUNDA, SEJA BUNDA. NÃO FALE, NÃO DIVIDA, NÃO SE MANIFESTE, NÃO SE ENVOLVA, NÃO AME, NÃO SE PREOCUPE E... PORRA, DÁ PARA PARAR DE ESCREVER TAMBÉM? FILHA, VOCÊ É A MULHER MAIS FORTE DO MUNDO. SORRIA NA SALA E SÓ CHORE NO QUARTO PARA QUE EU NÃO PRECISE FAZER USO DO CAPITÃO MATAMORO . E LEMBRE DAS PALAVRAS DO ARTILHEIRO, LATERAL, MEIO DE CAMPO, ZAGUEIRO, ATACANTE E GOLEIRO: SER CORRETO NÃO É FÁCIL.

BLOGANDO SOBRE A DISTÂNCIA

DONA CIDALHA


Quando menina, se adoecia, a mãe sempre levava a gente na dona Cidalha. Ela benzia tudo: quebranto, sol na cabeça, encalho, cobreiro, sono invertido, espinhela caída, dor de dente e o que mais aparecesse. A benzedeira morava perto da gente, era um chalé cheio de frestas e de chão batido, com cheiro de sebo, picumã, de losna, catinga de mulata, arnica e alecrim. Tinha um fogareiro, imagens de todos os tipos de santos, uma cama e debaixo dela se enxergava um penico transbordando. Lembro da cortina feita de correntinhas de sacos de leite. Eu era especialista em fazer cortinas de correntinhas de sacos de leite. No fundo da casa da Dona Cidalha morava a dona Selvina, filha dela, que tinha um filho chamado Paulinho.

Um dia a mãe sonhou que a casa da dona Selvina tinha pegado fogo, nos contava o sonho na hora do café. Café era para meus cinco irmãos porque eu, por ser a mais nova, ganhava leite em um copinho cor de rosa e que tinha um canudinho. Enquanto terminava de contar o sonho, o Cotonho chegou todo esbaforido e anunciou que a casa da dona Selvina estava incendiando. E eu mamava, depois do copinho de leite, na teta da mãe... queria ter os poderes dela. A pobre morria de vergonha quando eu, despudorada, pedia a teta, sem me importar com quem estivesse por perto. Fizeram de tudo para que eu abandonasse o hábito: pimenta, bosta de galinha, mas nada adiantava. Com a boca ardendo eu corria para a casa da dona Cidalha e pedia para ela me benzer de “boca ardida” e ela, pacienciosa, fazia o benzido. Sentada no banquinho, observava a dona Cidalha dar de mamar para o neto e eu fazia aquela cara de “ será que sobra um pouquinho pra mim? A mãe não quer me dar...” A boa criatura me pegava no colo e deixava eu, esganada, infantil e glutona, sorver, aquilo que por direito, era do Paulinho. Quando a família descobriu o meu plano sórdido e maquiavélico, lançaram o último recurso... disseram que se eu continuasse a mamar na dona Cidalha ia “pegar preto”, ficar bem escura como o Paulinho, a Dona Selvina e a Dona Cidalha.... danaram-se... eu não tinha medo de “pegar preto” e, mesmo que tivesse... a fome era maior que a ideia de” pegar preto”. A própria dona Cidalha juntou-se aos tantos que não queriam que eu continuasse com meu inocente vício, ela mesma dizia: “minina tu vai ficá preta qui nem a noiti.” E eu respondia: “daí eu moro aqui, né? E visito lá, né?”

Com seis anos eu conheci o Birinha e corri para a casa da dona Cidalha para ela me benzer para parar de mamar e ela sorriu aquele sorriso generoso e desdentado e praticou a sua arte, a arte da boa benzedura e eu deixei de mamar e escrevi uma linda cartinha para o Birinha dizendo que era uma menina bem adulta, que ajudava minha mãe, e era educada. Ele me convidou para conhecer a coleção de gibis dele na hora do recreio, embaixo da escada. E a gente brincava no recreio e eu era a mulher mais feliz do mundo. Todos os dias eu levava alguma coisa para a dona Cidalha.

Hoje, tudo o que eu mais queria era encontrar a dona Cidalha e pedir um benzido que me tornasse invisível às pessoas crueis, um benzido que me afastasse dos falsos amigos, um benzido que me tornasse uma educadora corajosa e ética o suficiente para me posicionar com justiça, um benzido que arrancasse a menininha sensível que existe dentro de mim, um benzido que me ensinasse a calar, a ter sangue frio, até a hora adequada de me pronunciar, ou quem sabe, um benzido que me fizesse voltar a crer em algo superior, ou mesmo no ser humano, para que seja possível continuar neste mundo. Inútil... nem rastro da Dona Cidalha, nem da casa dela. Daquele tempo só me restou uma dúvida. Minha mãe teria mesmo sonhado com o incêndio, ou, por levantar mais cedo já era sabedora do fato e esta pequena mentira foi apenas uma maneira de se sentir importante naquela vida com a qual ela nunca sonhou?

terça-feira, 17 de agosto de 2010

BLOGANDO SOBRE O ABANDONO

NEGRO OSVALDO






Quando menina, havia nos arredores de minha casa Negro Osvaldo. Meu pai sempre o chamava para capinar o pátio e a mãe fazia um grande  prato de comida, botava café em uma garrafa de coca cola e mandava um de nós entregar para o pobre. O pai não gostava que a mãe conversasse com outros homens, até para comprar na venda, geralmente ia o pai, mas se tivesse de ser a mãe ela ia... de cabeça baixa, porque era mulher direita... de cabeça baixa. Negro Osvaldo comia, recebia uns trocados de meu pai e depois de um "deus lhe pague" ia direto para o boteco do seu João. Todo mundo gostava dele na minha casa. Os vizinhos achavam que o Negro Osvaldo tinha de ser levado para um hospital e se curar do vício da bebida. O pai dizia que não, que se tirassem a cachaça do negro, ele morreria.

Um dia levaram o Negro Osvaldo para um hospital e ele parou de beber, andava limpo, asseado e falava com clareza. Pouco tempo depois se enforcou. Um dia, cevando um chimarrão, o pai, que falava comigo como se eu fosse um homem, me confidenciou: Negro Osvaldo fora casado, a mulher emprenhou de outro macho, mas ele queria o menino branquelo como se fosse dele. Um dia a mulher se enrabixou de novo pelo pai do branquelinho e se foi a la cria se esfregar no mesmo macho que a abandonara sem eira nem beira, com uma mão na frente e outra atrás, na rua da amargura, com uma cria na barriga e a vergonha na sarjeta. O pai disse que o branquelo berrava de fazer dó e atirava os bracinhos para o Negro Osvaldo, gritando : pai, pai... Depois disso o negro se atirou na vida, ficou dominado pela cachaça e vagava pelo mundo, fazendo pequenas capinas na casa de gente como a gente, dividindo os trocados que recebia: metade de cachaça e um saquinho de bala de hortelã pra guriazinha ali, aquela branquelinha e arteira como um moleque... era eu.

domingo, 15 de agosto de 2010

BLOGANDO SOBRE A DELICADEZA

DIÁRIO DA PROFESSORINHA...


Eu estava entusiasmada falando de Gregório de Matos Guerra. De repente batem à porta. Confesso que fiquei incomodada:

-Que foi?

-Sora, posso falar com o Duda?

-Depende... qual a professora mais bonita da escola?

-A senhora, claro.

-Então pode falar, mas bem rápido.

Duda saiu e eu, para fazer graça, segui o menino.

O colega disse:

-Vamu troca os tênis?

Duda disse:

-Vamu...

Curiosa, perguntei:

- Por que causa, razão e circunstância, vocês param uma bela aula, ministrada por uma não menos bela professora ( e modesta) e trocam os tênis? Alguma simpatia? Esta macumba eu desconheço, Por favor, me expliquem senão eu nem durmo direito esta noite ?



Foi Cotonho, o parceiro de Duda, que respondeu;

-Sora, eu tô de tênis novo e este a mãe disse que tem de durar até o final do segundo grau e é aula de educação física, daí eu uso o tênis do Duda que é mais “batido”.

A faculdade onde estudei não me ensinou como se faz para não chorar em uma hora dessas, mas tive uma brilhante saída, porque sou uma mulher brilhante ( e modesta).

-Galera, terminem de ler o “QUE FALTA NESTA CIDADE...” do Gregório de Matos, que a sora aqui está acometida de uma grande e forte dor de barriga. A turma caiu na risada, os mais atrevidos garantiam estar sentindo um cheiro estranho ( e foi então que eu chorei... sim... mulheres bonitas, brilhantes e inteligentes também choram. Eu chorei porque lembrei que um dia, numa cidadezinha muito distante daqui, existiu uma menininha que era muito gulosa e sempre levava duas merendas para a escola, mas não devorava os dois lanches, um sempre era reservado para um coleguinha mais pobre do que ela... Eu ando procurando esta menininha, mas o mundo anda tão feio que acho que ela nem quer mais morar por aqui).

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

BOTA NO BLOG, SORA

Meu nome é jennifer, to fazendo teatro pq acho que com o teatro posso ter um futuro melhor e eu adoro todos que fazem o teatro. inclusive a professora Dagma.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Oi, sou o Christopher (carinhosamente apelidado pelos colegas de Barbie) e posso dizer que há um tempinho atrás tive a alegria de participar do Oscarito, experiência que me orgulho até hoje.


Estar no grupo foi uma verdadeira lição de vida, por várias razões. Primeiro porque aprendemos logo cedo a nos tornar guerreiros, batalhando incansavelmente por um ideal (a arte) e buscando a superação dia após dia. Segundo que, apesar das dificuldades, transformamos os palcos e salas por onde passamos em algo muito maior que um espaço. Criamos, alegramos, iluminamos, emocionamos e crescemos juntos.

De verdade, muito aprendi com os colegas e professores (Dagma, sobretudo) sobre como encarar a vida de uma outra forma, levando algum texto infelizmente desprezado em qualquer sala de aula para os nossos palcos e transformando em beleza, em arte e em sabedoria.

Só tenho a agradecer pelos ótimos momentos e, principalmente, pelo grupo criado com o teu esforço ter se transformado num dos maiores aprendizados da minha vida.

domingo, 18 de julho de 2010

BOTA NO BLOG, SORA


Oi, meu nome é thuany e entrei no Oscarito nesse ano e percebi que o teatro me ajudou muito com os meus problemas de timidez. Me lembro que, no primeiro dia, eu admito que nao gostei, achei muito criança mas depois eu percebi que aqueles exercícios e brincadeiras me ajudaram e me senti muito melhor. Nisso sem falar nos meus colegas, eles me receberam muito bem e sempre me ajudam quando eu tenho dificuldade em alguma coisa eles estão sempre ali pra me ajudar.Sempre gostei da professora Dagma, acho ela muito engraçada e meio louquinha, mas ela é uma pessoa muito amiga!


Desde que eu entrei no Oscarito eu me soltei mais e estou fazendo mais amizades, pois antes eu não fazia amizades por causa da timidez,e estou falando mais porque antes eu não falava nada

Só tenho que agradecer ao Oscarito, por fazer eu ser uma pessoa mais animada

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Oi, meu nome é Juliane,tenho 21 anos... o que posso dizer do tempo em que fiz parte do grupo Oscarito? É que foi a melhor época da minha vida...aprendi a respeitar o espaço de cada um, aprendi a lidar com meus sentimentos...criei amigos que vou levar comigo pro resto da minha vida....entre elas está a professora Dagma que foi como uma mãe pra mim,e eu tenho certeza,apesar da distancia,eu tenho amigos que eu posso contar sempre,seja o que for...resumindo eu só tenho que agradecer...ah eu me apresentei no teatro Sete de Abril.... lotado...que experiência inesquecivel!!!!! Obrigado pelo carinho, Dagma querida...beijosss

sexta-feira, 16 de julho de 2010

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ɱɑʀyɑɳɑ: Oscarito


Oie, eu sou a Mariana Souza . Tenho 11 anos, estou na 5ºsérie, na turma 51, JD, e faço parte do grupo de teatro Oscarito, comandado pela professora Dagma Colomby .

Ela mandou a gente escrever como é, para nós, estarmos no Oscarito e mandar para ela...

Bom, para mim é ótimo estar no teatro, pq no Oscarito achei a forma de expressar em silêncio (a sora Dagma nem deixa a gente conversar durante exercícios)

heheheh... pra mim é maravilhoso!

Dagma posta no teu blog en!

bj bj

FOI MINHA ALUNA EM 1986... 24 ANOS DEPOIS...RIO DE JANEIRO... FORMANDA EM DIREITO


Minha amiga, professora e mestra querida... O teatro contribuiu não só para a minha vida mas tb para a formação do meu caráter como pessoa... Em relação a vida profissional, o verdadeiro Defensor, por exemplo, em atuação no Tribunal do Juri, deve ser um artista para defender seu assistido... Na vida, diante de tantas injustiças sociais e pessoais que nos assolam a cada dia, devemos ser artistas para continuar na luta em prol dos Direitos Humanos e não nos deixar abater... Como formação de caráter devemos utilizar os conhecimentos teatrais para ver que na vida o que realmente importa é o conhecimento, as amizades verdadeiras e o mais puro sentimento... bjus e parabéns por contribuir para formar pessoas de verdade e cidadãos humanitários!!!!

sábado, 10 de julho de 2010

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Bem, eu não tenho muita coisa pra falar: o Oscarito pra mim significa tudo, é lá que eu aprendo a ser uma pessoa melhor com os meus amigos e professores de teatro. A minha vida se enche de esperança, lá consigo usar a minha imaginação e também perco o medo de falar em público!


O Oscarito é um grande começo pra minha carreira de atriz de teatro.

Lá eu consigo  superar  todas as coisas que eu podia ter feito mas não fiz por causa do medo e da vergonha, mas agora eu sei bem o que eu podia ter aproveitado antes.

Dagma, a professora de teatro é muito exigente, ela é bastante brava, mas ao mesmo tempo ela é muito muito boa, pois é ela que nos ensina tudo ali dentro e os meus colegas de teatro são muito amigos, eles te ajudam a passar cada dificuldade que você tem, não deixam você na mão.

E é por isso que tão cedo eu não vou sair dessa conquista enorme e prazerosa de participar do grupo de teatro Oscarito

que, pra mim, é o melhor teatro do mundo!!!

por: Bruna turma:5.1

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E esta sou eu representando  " EN EL MUELLES DE SAN BLAS".  eu fazendo a louca.
Oiiii, meu nome é Valquiria Araujo Vieira. Adoro d++  Oscarito.  É muito legal e eu aprendo teatro me divertindo, brincando e etc. É muito divertido. E lá eu conheci + amigos, muito legais. Fazendo teatro eu aprendo a ser alguém na vida e a ser uma pessoa melhor. E eu confesso que no início  senti muita vergonha de fazer cena em público, mas é muito legal, logo se acostuma. É isso.Eu amo fazer teatro.E além da Dagma ser bonita é uma ótima professora

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Me chamo Milene Alves e tenho 11 anos.

Estou a um mês no teatro "OSCARITO".

Depois que fiz a primeira oficina comecei a gostar...

Mas logo quando entrei já me apresentei...(RsRsRSRSRS)

Mas acho que tenho um ótimo futuro fazendo teatro...Não é a opinião da minha mãe!

Ela diz que eu não vou ganhar nada fazendo isso mas aí é a opinião dela não a minha.

E se eu quiser continuar, eu continuo...

Apesar de que eu amo..."DE PAIXÃO"fazer teatro.

>Então é isso<



Bjuxxxx:Mileny♥♥♥♥♥

segunda-feira, 5 de julho de 2010

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 04/07/10 *_*tauana*_*

Oiie meu nome é Tauana dos Santos Machado, eu fiz teatro o ano passado, mas fui só até a metade do ano e esse ano voltei a fazer, mas parei pq eu rodei no trimestre, mas o momento que eu tava no teatro eu me diverti muito adoro todos do teatro e espero que todos tenham um grande futuro !!! bjos a todos aí do teatro espero que eles tenham um grande futuro. É o que eu não pude ter bjosss..........

sábado, 29 de maio de 2010


APRENDIZ DE LOUCO OU... O DIA EM QUE COMI MEU PSIQUIATRA...
















O psiquiatra era tão


previsível, tão básico,


tão monótono que


falara ao pobre


aprendiz de louco


estas coisas


que qualquer louco sabe:


complexo de Édipo


transferência,


mal da filha mais nova.


O louco queria mais:


queria síndrome do pânico


transtorno alimentar,


transtorno de personalidade


ou , quem sabe, bipolar,


medo do escuro,


pesadelo,


tristezas sem motivo.


O louco só não queria


uma consulta que


não valesse a pena.


Sorriu um sorriso


irônico e fosco e tosco


que é peculiar a todos os loucos...


Doutor... eu sou louco,


mas não sou burro...


Foi então que o aprendiz


de louco esfaqueou o terapeuta e, com a arte


dos açougueiros, que precisam


que os clientes não associem


a carne a algo que foi


vivo um dia, foi promovido


a louco mesmo.






Na hora do enterro o

doido tocava flauta e ouvia

música clássica ao mesmo

tempo. Dizem os normais

que dos pedaços daquilo que um

dia foi um médico,exalava cheiro de

pétalas de

rosa e cheiro de capim

molhado. Dizem que aquilo

que parecia ter sido a boca

do médico sorria... Mas

ninguém falou em transfiguração

da realidade, nem em realismo fantástico

Alguns acharam

inusitado,

imprevisível (aquilo que

não é previsto, que não é

esperado)

“Mas doutor, não é o

ser humano infinitamente

monótono na sua essência?

O que é que se espera

de um ser humano que

é simplesmente humano?

A natureza do ser humano

é Freudianamente monótona,

caríssimo doutor.









BRÓSIO, UM ESCRAVO DA DONA INÁCIA, VIVIDO POR ETHIAN, ANO DE 2003. A NEGRINHA, DA OBRA DE MONTEIRO LOBATO.

AS SOBRINHAS DA DONA INÁCIA, VIVIDAS POR ÂNDRIA E CAMILA. ANO DE 2002. A NEGRINHA, DA OBRA DE MONTEIRO LOBATO.

NINGUÉM VOLTA AO QUE ACABOU.

20 ANOS DEPOIS... ANTES DE ENTRAR PARA A FACULDADE DE TEATRO... ANTES DA PARTIDA DO ADALBERTO...
ERA O ANO DE 1988. EU FUI MUITO FELIZ TRABALHANDO COM FLÁVIO DORNELES.
E ESTA SOU EU, ENTRANDO NO PALCO, INICIADA PELA PRIMEIRA DAMA DO TEATRO PELOTENSE( FLÁVIO DORNELES). ERA O ANO DE 1988.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

MONTAGEM DE " A NEGRINHA" DA OBRA DE MONTEIRO LOBATO, ADAPTADA POR MIM E ESTAS SAINHAS SÃO AS CORTINAS DO QUARTO DA FILHA DA PROFESSORA REGINA TREICHEL. FICOU 5 ANOS RODANDO PELAS ESCOLAS PÚBLICAS, MAS ACHAVÁMOS QUE ÉRAMOS O MÁXIMO. BEM...  

quinta-feira, 27 de maio de 2010


COMPLEXO DE SERES





Dentro de mim

existe a mulher romântica,

dessas que ficam vermelhas

quando lhe fazem um carinho;



Dentro de mim

existe uma mulher vadia, vagabunda,

bandida e traiçoeira,

existe a mulher amiga, amante,

terna e companheira

sem vergonha e sem maldade,

simplesmente aventureira



que vaga por mil caminhos

e na calada da noite

revela nos carinhos;



Dentro de mim

existe a menina triste

que um dia descobriu a dor

nos olhos de uma criança

sem pai, sem brinquedo,

sem doce, sem esperança;



Dentro de mim,

Às vezes nem sei quem sou ...

talvez uma purpurina

que nunca iluminou;



Dentro de mim

existe uma criança,

uma menina moleque ...

quem sabe um Peter Pan

que resolveu não crescer

e nunca se arrependeu,



existe uma mulher falada,

mas que ninguém conheceu.





terça-feira, 25 de maio de 2010

MEDEIA: UMA LEITURA DE TODAS AS MULHERES,
JOSIANE ALMADA (MINHA ALUNA, LINDA, TODA FEITA DE BONITEZA, MENINA DE RARA BELEZA, FINA FLOR EM BOTÃO) ENSAIANDO O SONHO DE MUITAS ATRIZES: FAZER MEDEIA. ELA FEZ AOS DEZENOVE ANOS ( DIRETAMENTE DO TEATRINHO DO COLEGINHO DIRIGIDA PELA PROFESSORINHA). E AI DE PAULO FREIRE SE NÃO DISSER QUE ELA É TODA FEITA DE BONITEZA.
SOMOS ARTE-EDUCADORES SIM, FAZENDO TEATRO SIM... NO SUL DO PAÍS, LONGE DOS HOLOFOTES, COM NOSSOS DEFEITOS, COM NOSSAS VAIDADES, SEM RECEBER O JUSTO RECONHECIMENTO DA DIFÍCIL TAREFA DE FAZER O TEATRO ESCOLAR  SER OBSERVADO COMO FONTE DE CONHECIMENTO E NÃO COMO FERRAMENTA, A FERRAMENTA É UM INSTRUMENTO SEM VIDA, SEM INTERIORIDADE. TEATRO É MUITO MAIS DO QUE INSTRUMENTO. ESTAMOS AÍ, ABRINDO CAMINHOS PARA QUE OUTROS POSSAM COLHER OS FRUTOS QUE TALVEZ NÃO VEJAMOS NASCER, SEM SEQUER PODERMOS NOS DAR O DESFRUTE DE INFLAR O EGO E DIZER: OLHA SÓ... TEVE O MEU DEDO AÍ... EU AJUDEI... EU ESTAVA NOS BASTIDORES, COBRANDO LEITURAS, COBRANDO POSTURAS DE JOGADOR. TEMOS DE NOS FINGIR DE HUMILDES PARA NÃO OFENDER  QUEM NÃO OUSA INICIAR. SIM... GOSTO DE FALAR, GOSTO DE ESCANCARAR... SOU PROFESSORINHA, MAS TENHO UMA HISTÓRIA PARA CONTAR. PERDOEM-ME OS DISCRETOS, INIMIGOS DA VAIDADE, MAS POUCOS PODEM CHEGAR PERTO DA APOSENTADORIA E SE ORGULHAR DE TER PODIDO DAR CLASSE, ENSINAR POESIA, FAZER TEATRINHO, AJUDAR A CONSTRUIR EDUCAÇÃO.



ENTRE LÁGRIMAS LAMA E POEIRA





Eu sou assim...

carinhosa, desinibida,

ofendida, distraída,

às vezes santificada,

às vezes prostituída

(do jeito que a gente fica

depois que conhece a vida);

sou assim...

sem eira nem beira.

Sou mulher (sou verdadeira).

Eu sou assim...

adulta, menina

louca, imprevisível;

para uns aprazível,

para outros inatingível.

Sou aquele tipo de alguém

que nunca teve medo

de “dar murro em ponta de faca”,

de mergulhar em precipício,

de ir do fim ao início

(sem medo de “não dar em nada”).

E, a cada queda,

um sorriso...

(que era lágrima disfarçada,

ou dor que não foi chorada”)

E eu me erguia

desta maneira.

ENTRE LÁGRIMAS, LAMA E POEIRA,

pensando que na vida tudo passa,

mesmo doendo mais

em quem não usa carapaça.