Seguidores

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

BLOGANDO SOBRE O QUÊ E QUEM REALMENTE IMPORTA...














Esse sou eu mandando um rap legal.




EU E INDIANA ( DISSERAM QUE É MINHA SOBRINHA) E EU GOSTO MESMO DA MENINA. ELA É CARINHOSA E ATENCIOSA. É TANTO CARINHO QUE HOJE EU NÃO FAÇO QUESTÃO DE DNA. ELES QUE DECIDAM. O MEU CORAÇÃO JÁ FEZ UMA ESCOLHA. EU  PREFIRO ME ENGANAR POR AMOR DO QUE ME ENGANAR POR OMISSÃO.











EU E ALISON, MEU SOBRINHO, NO SHOW DA BANDA LIBERTÉ, ONDE MURILO, MEU OUTRO SOBRINHO, É BAIXISTA

 

hidratação para pedalar com minha TIA




Deixei ela pra trás, mas na nossa família o que importa não é a velocidade



 é conseguir fazer o trajeto e chegarmos juntos.





Quem não ama a Dagma ???



Eu sou sobrinho dela e resolvi contar todo passado dela:






Ela não gosta de ser chamada de tia, não bebe, não fuma, não tem vícios, gosta de crianças, adora os alunos dela, me torcia o dedo e pedia pra mim pedir penico euaeah, quando eu era pequeno me assoprava na minha barriga pra mim morrer rindo e me mijar, ah, ela nao gosta de homens carecas, ja me levou pra escolinha e eu fiquei berrando, e ela respondeu que quando eu casasse ia sarar, contava historinhas para crianças na rádio são lourenço, já escreveu dois livros de poesia... e um terceiro que ela só pode publicar depois que minha vó morrer, porque senão ela vai ser responsável pela morte da velha aehuioheaoiueahuioe



a Dagma gosta de andar a cavalo... (mas o cavalo tem que se forte), gosta de dança do ventre, andar de bicicleta, teatro, poesia, literatura e entre outros...


resumindo: minha TIA é um barato hehehe

BLOGANDO SOBRE A ÉTICA... OU FALTA DELA

DO CADERNO DE TRISTEZAS DA PIOR ALUNA DA TURMA


AFINAL, O QUE É A TAL DA ÉTICA? NO VELHO DICIONÁRIO QUE HERDEI DE MEU PAI, EM PÁGINAS AMARELADAS DIZIA QUE ERA RELATIVO À MORAL. E O QUE PODERIA SER A TAL MORAL? RELATIVO AOS BONS COSTUMES OU POSSO DIZER QUE BONS COSTUMES DEPENDEM DO PONTO DE VISTA? NÃO COMPARTILHAR É SER EGOÍSTA, TENTAR NÃO SER EGOÍSTA, TENTAR SER AMIGÁVEL, TENTAR CONQUISTAR ATRAVÉS DE GENTILEZAS É IMORAL? NÃO É ÉTICO? MEU DEUS, SERÁ QUE HITLER TAMBÉM PASSAVA O CADERNO PARA OS COLEGAS? SIM PORQUE HITLER ESCREVIA, PINTAVA... SERÁ QUE HITLER AGUAVA AS PLANTAS, CAPINAVA, LEVAVA O CUSCO PARA PASSEAR? SERÁ QUE FOI DESSA MANEIRA QUE ELE ARRANJOU TANTOS ALIADOS?

SORA, POSSO LER A REDAÇÃO DO ZINHO? PODE SIM, MEU FILHO, LÊ TAMBÉM A DA ANINHA, DA NENECA E DO OTACÍLIO, DEPOIS TU UTILIZA COM AS TUAS PRÓPRIAS PALAVRAS, AS IDEIAS QUE ACHASTE INTERESSANTES. ESCREVE SOBRE AQUILO QUE CONCORDASTE E TAMBÉM SOBRE O QUE DISCORDASTE. E ISSO NÃO É COLA, SORA? CLARO QUE NÃO, ISSO É PROCURAR REFERÊNCIAS SOBRE UM ASSUNTO QUE AINDA NÃO DOMINAS, MAS DEVES CONSTRUIR O TEU TEXTO E BUSCAR OUTROS ESCRITOS, NÃO SÓ OS DOS COLEGAS. SORA, O OTACÍLIO É EGOISTA, NÃO QUIS DAR A REDAÇÃO PRA EU LER E A BABACA, TAPADA DA NENA DA OUTRA TURMA DEU A REDAÇÃO DELA PRA TODO MUNDO E ELA COPIOU UM PEDACINHO DO JORNAL E NÃO COLOCOU ENTRE ASPAS E A SORA TIROU NOTA DELA E DEIXOU ELA DE CASTIGO NA HORA DO RECREIO, ELA FOI CHAMADA NA SALA DA DIREÇÃO E TEVE DE ASSINAR O LIVRO DE OCORRÊNCIAS, CHAMARAM ATÉ A MÃE DELA. BEM FEITO, EU NÃO GOSTAVA DELA MESMO... “CUÊ PUCHA... É BICHO MAU O HOMEM - DO CONTO “O BOI VELHO” DE SIMÕES LOPES.”

ESPELHO MÁGICO ESPELHO MEU, SERÁ QUE O HITLER É PIOR DO QUE EU?

O QUE DIRIA MEU PAI, O SENHOR H? FILHA, COLOQUE O SEU VESTIDO VERMELHO , AQUELE COM O DECOTE AVANTAJADO, AMASSE O CABELO, DEIXE BEM CRESPO, COLOQUE AQUELE PERFUME QUE PARECE TER SIDO FEITO PRA TI, NÃO ESQUEÇA O SEU BATOM, FILHA, TEUS LÁBIOS VERMELHOS SÃO UM CONVITE PARA O PECADO, FAÇA USO ... CRUZE AS SUAS PERNAS , QUE NÃO ENTENDO ATÉ HOJE PORQUE VOCÊ INSISTE EM ESCONDER E SEJA BURRA,

SEJA BURRA TODO O TEMPO

SEJA BURRA E SORRIA,

SEJA BURRA, MINHA FILHA, MINHA FILHA, JÁ DISSERAM QUE SEUS PEITOS SÃO LINDOS? SERÁ QUE ESTA TERAPIA ESTÁ SURTINDO EFEITO?

SEJA BURRA,

SEJA BURRA,

SEJA BURRA. GURIA, EU JÁ NÃO DISSE QUE TODO MUNDO É LIVRE. A ÚNICA COISA QUE NÃO PODEMOS É DEFENDER O NOSSO PONTO DE VISTA.

SEJA BURRA,

SEJA BURRA, AH, E EVITE TER SENTIMENTOS, TER SENTIMENTOS NÃO FICA BEM NA SUA IDADE EVITE SOFRER, APROVEITE E EVITE ENVELHECER, TAMBÉM E FIQUE LONGE DOS TRILHOS DO TREM...

SEJA BURRA,

SEJA BURRA,

SEJA BURRA, SEJA BURRA , SEJA BUNDA, SEJA BUNDA, SEJA BUNDA, SEJA BUNDA, SEJA BUNDA, SEJA BUNDA, SEJA BUNDA, SEJA BUNDA, SEJA BUNDA. NÃO FALE, NÃO DIVIDA, NÃO SE MANIFESTE, NÃO SE ENVOLVA, NÃO AME, NÃO SE PREOCUPE E... PORRA, DÁ PARA PARAR DE ESCREVER TAMBÉM? FILHA, VOCÊ É A MULHER MAIS FORTE DO MUNDO. SORRIA NA SALA E SÓ CHORE NO QUARTO PARA QUE EU NÃO PRECISE FAZER USO DO CAPITÃO MATAMORO . E LEMBRE DAS PALAVRAS DO ARTILHEIRO, LATERAL, MEIO DE CAMPO, ZAGUEIRO, ATACANTE E GOLEIRO: SER CORRETO NÃO É FÁCIL.

BLOGANDO SOBRE A DISTÂNCIA

DONA CIDALHA


Quando menina, se adoecia, a mãe sempre levava a gente na dona Cidalha. Ela benzia tudo: quebranto, sol na cabeça, encalho, cobreiro, sono invertido, espinhela caída, dor de dente e o que mais aparecesse. A benzedeira morava perto da gente, era um chalé cheio de frestas e de chão batido, com cheiro de sebo, picumã, de losna, catinga de mulata, arnica e alecrim. Tinha um fogareiro, imagens de todos os tipos de santos, uma cama e debaixo dela se enxergava um penico transbordando. Lembro da cortina feita de correntinhas de sacos de leite. Eu era especialista em fazer cortinas de correntinhas de sacos de leite. No fundo da casa da Dona Cidalha morava a dona Selvina, filha dela, que tinha um filho chamado Paulinho.

Um dia a mãe sonhou que a casa da dona Selvina tinha pegado fogo, nos contava o sonho na hora do café. Café era para meus cinco irmãos porque eu, por ser a mais nova, ganhava leite em um copinho cor de rosa e que tinha um canudinho. Enquanto terminava de contar o sonho, o Cotonho chegou todo esbaforido e anunciou que a casa da dona Selvina estava incendiando. E eu mamava, depois do copinho de leite, na teta da mãe... queria ter os poderes dela. A pobre morria de vergonha quando eu, despudorada, pedia a teta, sem me importar com quem estivesse por perto. Fizeram de tudo para que eu abandonasse o hábito: pimenta, bosta de galinha, mas nada adiantava. Com a boca ardendo eu corria para a casa da dona Cidalha e pedia para ela me benzer de “boca ardida” e ela, pacienciosa, fazia o benzido. Sentada no banquinho, observava a dona Cidalha dar de mamar para o neto e eu fazia aquela cara de “ será que sobra um pouquinho pra mim? A mãe não quer me dar...” A boa criatura me pegava no colo e deixava eu, esganada, infantil e glutona, sorver, aquilo que por direito, era do Paulinho. Quando a família descobriu o meu plano sórdido e maquiavélico, lançaram o último recurso... disseram que se eu continuasse a mamar na dona Cidalha ia “pegar preto”, ficar bem escura como o Paulinho, a Dona Selvina e a Dona Cidalha.... danaram-se... eu não tinha medo de “pegar preto” e, mesmo que tivesse... a fome era maior que a ideia de” pegar preto”. A própria dona Cidalha juntou-se aos tantos que não queriam que eu continuasse com meu inocente vício, ela mesma dizia: “minina tu vai ficá preta qui nem a noiti.” E eu respondia: “daí eu moro aqui, né? E visito lá, né?”

Com seis anos eu conheci o Birinha e corri para a casa da dona Cidalha para ela me benzer para parar de mamar e ela sorriu aquele sorriso generoso e desdentado e praticou a sua arte, a arte da boa benzedura e eu deixei de mamar e escrevi uma linda cartinha para o Birinha dizendo que era uma menina bem adulta, que ajudava minha mãe, e era educada. Ele me convidou para conhecer a coleção de gibis dele na hora do recreio, embaixo da escada. E a gente brincava no recreio e eu era a mulher mais feliz do mundo. Todos os dias eu levava alguma coisa para a dona Cidalha.

Hoje, tudo o que eu mais queria era encontrar a dona Cidalha e pedir um benzido que me tornasse invisível às pessoas crueis, um benzido que me afastasse dos falsos amigos, um benzido que me tornasse uma educadora corajosa e ética o suficiente para me posicionar com justiça, um benzido que arrancasse a menininha sensível que existe dentro de mim, um benzido que me ensinasse a calar, a ter sangue frio, até a hora adequada de me pronunciar, ou quem sabe, um benzido que me fizesse voltar a crer em algo superior, ou mesmo no ser humano, para que seja possível continuar neste mundo. Inútil... nem rastro da Dona Cidalha, nem da casa dela. Daquele tempo só me restou uma dúvida. Minha mãe teria mesmo sonhado com o incêndio, ou, por levantar mais cedo já era sabedora do fato e esta pequena mentira foi apenas uma maneira de se sentir importante naquela vida com a qual ela nunca sonhou?