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sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

BLOGANDO SOBRE A ELEGÂNCIA

ELEGÂNCIA


Pelo pouco que tenho observado ELEGÂNCIA É ACEITAR OS MAUS MODOS DAS PESSOAS, logo... cheguei a conclusão que não sou nem quero ser elegante, basta-me ser educada e respeitada. As pessoas alertam que quando somos ofendidos devemos SAIR NO SALTO...não consigo... SAIR NO SALTO é, para mim, engolir desaforo e permitir que o desaforado saia pelo mundo afora fazendo desaforos sem ser punido. Então... resolvi criar meu próprio código de etiqueta, que não se restringe a saber lidar com talheres de peixe, taças de vinho, água , refrigerante ou recipientes de lavanda para limpar a ponta dos dedos, também não fico olhando como os outros fazem para não errar, já sei que não se esfrega o guardanapo de papel na boca, também sei que é feio derramar café no pires, aprendi que quando algo cai no chão é o garçom que deve pegar e trocar. Tudo isto é interessante, mas não é o mais importante. Se praticarmos o básico já estará de bom tamanho.
Quando recebo alguém ofereço o que posso, dentro das minhas possibilidades ( pode ser um chimarrão ou um cafezinho) e procuro deixar a pessoa sentindo-se à vontade, não fico olhando para o relógio se a visita se demora, não falo de boca cheia, não faço barulho para tomar sopa, café, água ou chá. Não insisto para a visita se empanturrar dizendo: pode comer... tem bastante, não coloco a língua no buraco do dente para fazer estalo, não fico acariciando a barriga depois da refeição. Mas... minha paciência tem limites...não tenho tolerância com homem que deixa pingos de xixi na tampa do vaso. Detesto gente que faz malabarismo com a dentadura dentro da boca e homem grosso, comigo... até tem entrada, mas não tem saída... eu me vingo, não esqueço ofensa, pode demorar uma vida, mas tem troco. É claro que tenho consciência de que NÃO SE FAZ UMA OMELETE SEM QUEBRAR OS OVOS, ou seja, posso até afundar junto, mas afogo o inimigo, tal qual Medéia fez com Jasão, metaforicamente falando ,é claro. Uma mulher não precisa usar de violência, só precisa... usar de inteligência e...ter muita paciência..
Voltando à elegância... ninguém gosta de mentiras, mas pessoas sinceras demais NÃO SÃO ELEGANTES...são cruéis, ou seja, fingir que gostou da roupa da amiga, do novo corte de cabelo, dizer que ela não engordou tanto assim, é delicadeza, generosidade, ELEGÂNCIA e nada tem a ver com o cinismo.
Não acho deselegante humilhar o parceiro que ronca... acho CRUEL, pois ronco não é questão de elegância... é questão de saúde. É tão simples trocar de quarto depois que ele adormece e voltar antes da pessoa acordar... é o exercício do amor... é a elegância da convivência.
Telefonar desmarcando o compromisso é elegante.
Falar a verdade com doçura é elegante.
Não tripudiar das pessoas é elegante.
Separar o lixo é elegante.
Proteger os animais é elegante.
Respeitar a natureza é elegante.
Não discriminar é elegante (a pessoa até não gostar, mas tem a obrigação moral de respeitar todos)
Elegante mesmo é quando a gente se surpreende fazendo uma coisa boa e não tem ninguém assistindo e continuamos a ação, mesmo sabendo que não teremos aplauso e reconhecimento... sim porque o ser humano busca ou o aplauso ou o reconhecimento, mas é preciso domesticar a sereia , o narciso, ou o artista que habita em nós.
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NATAL EM FAMÍLIA: Nada mais pérfido e deselegante do que, na hora da distribuição dos presentes , uma das crianças ganhar algo simples e outra ganhar vários embrulhos, todos lindos e caros. É o Espírito de Natal incentivando a desigualdade com o apoio do Senhor Menino. Seria tão simples combinar somente um presente modesto na reunião família. Quem tem mais possibilidades que presenteie com abundância, mas na intimidade, nunca na frente de outras crianças que não terão o mesmo privilégio.
RECEBENDO OS AMIGUINHOS DE SEU FILHO: Se você tem duas barrinhas de chocolate e cinco crianças, sirva café com pão e margarina para todos. (Minha mãe sempre nos alertava: não peçam iogurte quando tiver visitas, porque não temos para todos) É muito mais elegante do que chamar seu filho em particular e dizer para ele comer rapidinho... sempre se corre o risco de uma criança ver e ficar magoada.
Quando a gente ia visitar alguém minha mãe recomendava: não é para incomodar na casa dos outros dizendo que estão com fome e não esqueçam, a gente não repete a refeição porque é muito feio, as pessoas podem pensar que vocês são esfomeados, e se você receber presente da madrinha, mesmo que não goste, agradeça porque a dinda comprou com carinho e ela não é rica. Minha mãe na grande maioria das vezes é elegante, a não ser em último caso... ela sempre frisa: ser bom é diferente de ser bobo.
Eu teria inúmeras situações para comentar, mas com as que foram comentadas já dá para concluir que ,quando se é generoso, simples, com a educação pautada na bondade não é preciso, rios de dinheiro, nem mestrado, doutorado e phd. Elegância tem mais a ver com boa índole e capacidade de se comportar bem em qualquer ambiente e agir corretamente com qualquer pessoa.