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segunda-feira, 11 de outubro de 2010

BLOGANDO SOBRE O FERIADÃO NA CASA DA FAMÍLIA TRAPO

ARMADILHAS DA LINGUAGEM

Feriadäo…sem paciência para ler, resolvi fazer algo mais engraçado: visitar minha família, um dos poucos lugares onde se vê graça nas pequenas coisas. Meu sobrinho, Alison, ao contrário de mim, é extremamente educado, gentil e generoso. Sempre chega com um beijo e não me chama de tia. Desde pequeno foi sabedor de que em mim teria, antes da tia, uma grande e fiel amiga. Somos confidentes, parceiros de bicicletadas, churrascadas, fugas de moto (pois foi com ele que aprendi a andar em cavalo de motor), comilanças de madrugada, pequenos furtos (guloseimas para os netos mais novos não é bem um furto: é zelo pela saúde da geração vindoura) e muitos segredos.
Mas o Alison tem um defeito: o calcanhar de Aquiles dele é a linguagem. Nunca encontrei alguém que tivesse o dom de ser traído pela própria língua. Quando pequeno, lá pelos quatro anos de idade, se ele fazia alguma estrepolia, eu que só reservo a pedagogia aos alunos, saía correndo atrás dele dizendo que ia arrancar seu o “peruzinho”. O garoto fugia em uma corrida desabalada e eu fingia que não conseguia alcançá-lo. Natal. A mãe disse: hoje eu vou assar e rechear o peru mais cedo, para ter tempo de assistir a missa e pegou o Alison no colo e ele berrava: o meu não vovó, pega o do vovô que é maior.
Pensei que o moleque, depois de adulto, já tivesse aprendido a interpretar e articular frases com clareza, mas vejo que me enganei. Depois de comermos muito, que é algo que se faz bastante quando visitamos a matriarca, resolvemos apreciar um filme. Nem bem havia começado, faltou luz. A mãe estava no banheiro e ele, com todo o seu peculiar cavalheirismo, correu para o banheiro...VÓ, TE LIMPA COM A LANTERNA...

(Histórias bobas... sim, mas são as minhas histórias...)

Um comentário:

mcidacmartins disse...

Adorei!!!
É a tua cara esta história!
Viu agora sou tua seguidoraaaa!!
beijo!!