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terça-feira, 25 de maio de 2010




ENTRE LÁGRIMAS LAMA E POEIRA





Eu sou assim...

carinhosa, desinibida,

ofendida, distraída,

às vezes santificada,

às vezes prostituída

(do jeito que a gente fica

depois que conhece a vida);

sou assim...

sem eira nem beira.

Sou mulher (sou verdadeira).

Eu sou assim...

adulta, menina

louca, imprevisível;

para uns aprazível,

para outros inatingível.

Sou aquele tipo de alguém

que nunca teve medo

de “dar murro em ponta de faca”,

de mergulhar em precipício,

de ir do fim ao início

(sem medo de “não dar em nada”).

E, a cada queda,

um sorriso...

(que era lágrima disfarçada,

ou dor que não foi chorada”)

E eu me erguia

desta maneira.

ENTRE LÁGRIMAS, LAMA E POEIRA,

pensando que na vida tudo passa,

mesmo doendo mais

em quem não usa carapaça.







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