DIÁRIO DA PROFESSORINHA...
Eu estava entusiasmada falando de Gregório de Matos Guerra. De repente batem à porta. Confesso que fiquei incomodada:
-Que foi?
-Sora, posso falar com o Duda?
-Depende... qual a professora mais bonita da escola?
-A senhora, claro.
-Então pode falar, mas bem rápido.
Duda saiu e eu, para fazer graça, segui o menino.
O colega disse:
-Vamu troca os tênis?
Duda disse:
-Vamu...
Curiosa, perguntei:
- Por que causa, razão e circunstância, vocês param uma bela aula, ministrada por uma não menos bela professora ( e modesta) e trocam os tênis? Alguma simpatia? Esta macumba eu desconheço, Por favor, me expliquem senão eu nem durmo direito esta noite ?
Foi Cotonho, o parceiro de Duda, que respondeu;
-Sora, eu tô de tênis novo e este a mãe disse que tem de durar até o final do segundo grau e é aula de educação física, daí eu uso o tênis do Duda que é mais “batido”.
A faculdade onde estudei não me ensinou como se faz para não chorar em uma hora dessas, mas tive uma brilhante saída, porque sou uma mulher brilhante ( e modesta).
-Galera, terminem de ler o “QUE FALTA NESTA CIDADE...” do Gregório de Matos, que a sora aqui está acometida de uma grande e forte dor de barriga. A turma caiu na risada, os mais atrevidos garantiam estar sentindo um cheiro estranho ( e foi então que eu chorei... sim... mulheres bonitas, brilhantes e inteligentes também choram. Eu chorei porque lembrei que um dia, numa cidadezinha muito distante daqui, existiu uma menininha que era muito gulosa e sempre levava duas merendas para a escola, mas não devorava os dois lanches, um sempre era reservado para um coleguinha mais pobre do que ela... Eu ando procurando esta menininha, mas o mundo anda tão feio que acho que ela nem quer mais morar por aqui).
domingo, 15 de agosto de 2010
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Um comentário:
wow...adoramos o seu blog :)
Desculpe a intrusão mas gostámos mesmo muito
se quiser passe pelo nosso também e aproveite para participar no nosso passatempo.
Continue o óptimo trabalho!
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