ENTRE LÁGRIMAS LAMA E POEIRA
Eu sou assim...
carinhosa, desinibida,
ofendida, distraída,
às vezes santificada,
às vezes prostituída
(do jeito que a gente fica
depois que conhece a vida);
sou assim...
sem eira nem beira.
Sou mulher (sou verdadeira).
Eu sou assim...
adulta, menina
louca, imprevisível;
para uns aprazível,
para outros inatingível.
Sou aquele tipo de alguém
que nunca teve medo
de “dar murro em ponta de faca”,
de mergulhar em precipício,
de ir do fim ao início
(sem medo de “não dar em nada”).
E, a cada queda,
um sorriso...
(que era lágrima disfarçada,
ou dor que não foi chorada”)
E eu me erguia
desta maneira.
ENTRE LÁGRIMAS, LAMA E POEIRA,
pensando que na vida tudo passa,
mesmo doendo mais
em quem não usa carapaça.
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